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CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE IRRIGAÇÃO PARA JARDINS


Aqui descrevemos os principais pontos de interesse sobre um sistema de irrigação

Um sistema de irrigação para jardins ideal requer um minucioso planejamento no sentido de aplicar água de forma uniforme e eficiente, respeitando as características próprias de cada área verde paisagística em relação à espécies de plantas, sombreamento, excesso de sol, dimensões, arquitetura, elementos construídos e desníveis da área.


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Observados tais aspectos, o projeto passa a ser desenvolvido à partir da divisão da área de jardins da residência em setores de irrigação, em função de suas características próprias.

Na próxima etapa partimos para a escolha dos tipos de aspersores mais indicados para cada área a ser irrigada. Esta escolha é realizada considerando a largura, a declividade e os limites das áreas, porte do paisagismo e de qual modelo que trará a maior eficiência em aplicação de água.


O equipamentos que deverão compor o sistema de irrigação podem ser resumidamente agrupados em:

a) Rede Hidráulica - Tubulações em PVC – Principal, secundária e terciária (geralmente essa última contém os últimos emissores de água de cada ramal);

b) Emissores de água - Aspersores, borbulhadores, rotores, gotejadores;

c) Válvulas solenóides;

d) Equipamentos de automação - Controladores e Temporizadores;

e) Sistema de alimentação e pressurização (bombeamento).


Rede hidráulica – A rede hidráulica são as tubulações responsáveis pela condução de água dentro do sistema da fonte de água até o emissor. Em sistemas de irrigação para jardins e gramados adotamos a seguinte nomenclatura:

As redes hidráulicas secundárias a serem utilizadas deverão ser em PVC (Cloreto de Polivinila). Utilizamos os tubos da linha própria para irrigação na cor azul (geralmente mais baratos que os de cor marrom). Os diâmetros e classes são dimensionados em função da demanda hidráulica (vazão e pressão) de cada trecho de tubo. Para os diâmetros de 25 a 32 mm os tubos terão pressão nominal de 6 bar (60 metros de coluna de água) e para o diâmetro de 50 mm, a pressão nominal de 8 bars.

A adutora – linha mestra. Também denominada linha principal, será também em PVC, com pressão nominal de 8 bars, no diâmetro de 50 mm, na maioria dos projetos residenciais.

A rede hidráulica secundária deve ser instalada enterrada a uma profundidade mínima de 25 a 30 cm.

A rede hidráulica principal deve ser instalada enterrada a uma profundidade mínima de 30 a 45 cm.

Onde ocorrer descontinuidade entre as áreas irrigadas, exige-se que estejam interligadas hidraulicamente.


As travessias de tubulações entre canteiros no mesmo nível deverão obedecer a uma profundidade mínima de 30cm em locais sem trânsito. Para os locais com trânsito, mesmo as tubulações secundárias, deverão obedecer a uma profundidade mínima de 50cm e ainda estar encamisadas com areia ou dentro de tubulações de maior diâmetro.

Todo reaterro deverá ser executado utilizando o material retirado durante o processo de escavação. O material deverá ser cuidadosamente selecionado visando estar isento de pedras e corpos extremos. Deverá ser adensado em camadas de 15 cm, até atingir a cota do terreno.


Irrigação para jardins é com a ALSJardins.

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Emissores de água


Os emissores de água (aspersores e rotores) são os elementos responsáveis pela emissão de água. Os modelos dimensionados possuem características específicas para as áreas que serão atendidas.

Os emissores possuem raios de alcance variáveis de acordo com o bocal utilizado, dependendo da área a ser irrigada e da existência ou não de obstáculos ao jato de água. Na grande maioria são todos escamoteáveis, ou seja, instalados abaixo da superfície do solo, e emergem somente no momento de realizar a irrigação.

São distribuídos de forma a proporcionar uma sobreposição adequada do jato de água, de no mínimo 45% do diâmetro, para garantir uniformidade de aplicação da lâmina de água sobre o terreno.

Os bocais utilizados possibilitam uma variedade de ângulos de atuação, raios de alcance e ângulo de trajetória do jato em adequação a arquitetura e o paisagismo do projeto; essa técnica e materiais garantem que a irrigação só será realizada nos locais necessários, evitando molhar paredes, muros e acessos pavimentados, com consequente economia de água.

Constitui norma técnica para sistemas de irrigação em paisagismo o uso de polietileno flexível, com no mínimo 25 cm de comprimento, entre os emissores e a tubulação. Esse conjunto flexível, chamado “swing pipe”, é formado por tubo e conexões especiais. O conjunto protege a tubulação e garante a qualidade da instalação contra a acomodação que ocorre naturalmente com o solo. Também evita a danos quando as tubulações são submetidas a cargas de diversas origens. Além da proteção, o conjunto permite melhor ajuste do aspersor à superfície do terreno, seja já no final da obra ou posteriormente durante o crescimento natural do gramado.

Aspersores com válvula SAM deverão ser utilizados em pontos baixos de cada setor. Sua finalidade é segurar a água dentro da rede hidráulica secundária, evitando que fique vazando após o funcionamento da irrigação.


Sprays Rain Bird


Podem ser do tipo escamoteáveis ou aparentes;

Possuem o jato de água fixo em onze opções de ângulos pré-determinados e de trajetórias variadas, somando um número de 72 opções de bocais;

Quando escamoteáveis (sobem quando sob pressão) eles podem possuir diferentes alturas de elevação indo de 3 a 12 polegadas;

Possuem raio de alcance entre 0,6 m a 5,2 metros;

Podem vir com opcionais para adequação a situações particulares como válvula antidrenagem (conhecidas como válvula SAM) e regulador de pressão interno (PRS);

São geralmente utilizados em áreas de menores dimensões, recortadas e contendo paisagismo mais denso.

Podem ainda serem utilizados com bocais tipo rotativos, que formam jatos múltiplos; esses, reduzem a taxa de precipitação à terça parte, níveis semelhantes à dos rotores convencionais;

O raio de alcance, para os rotacionados rain bird, varia entre 4,0 a 7,3 metros;

Outro bocal muito importante para pequenos espaços é o bocal auto-compensante XPCN. O diferencial desse bocal é o lançamento de água em padrão quadrático e a sua auto-regulagem de pressão e vazão.


Tubos gotejadores


Esse grupo contém a linha de emissores de baixo volume, os chamados tubos gotejadores enterrados.

São emissores fabricados para serem enterrados, próximos às raízes das plantas;

Internamente, possuem uma placa de cobre que protege o emissor contra a intrusão de raízes;

Possuem um orifício gotejador de água com compensador de pressão que garante uma vazão uniforme em toda a linha de tubos;

São mais indicados para áreas menores, de pouca largura e para jardineiras;

Deverão possuir kit de admissão de ar, composto por válvula ventosa e registro.


Válvulas solenóides


Todo o sistema é dividido em setores de irrigação iniciados pelas válvulas solenóides que funcionam como registros automáticos. Geralmente são instaladas em caixas redondas, conhecidas como caixa de válvula, são enterradas com a tampa aparente e ajudam nas consecutivas manutenções.

A rede principal (adutora) é responsável por levar água até as válvulas. Depois das válvulas a rede passa a ser denominada como secundária. As válvulas são os componentes que responderão eletricamente a programação do controlador de irrigação. Recebendo estímulos elétricos, em determinados horários, ele se fechará, interrompendo o fluxo de água para o setor. O controlador irá então selecionar a válvula seguinte e o sistema irá então seguir uma pré-determinada sequência de funcionamento.

As caixas de válvulas ficam enterradas ao nível do solo de forma a não ferir a estética do paisagismo e não impedir a utilização de máquinas durante a manutenção do jardim.


Rede elétrica e acessórios elétricos


Os cabos elétricos para acionamento das válvulas devem ser tubulados através de duto de proteção de cabeamento, acompanhando a rede hidráulica principal e interligando as válvulas a central de controle. Toda emenda (conexão) de cabos elétricos deverá preferencialmente ser feita com conector blindado de silicone, não sendo permitido o uso de fitas isolantes de nenhum tipo. Com o passar do tempo um sistema pode perder totalmente sua comunicação se não utilizarem conectores blindados;Nos pontos do sistema sujeitos a emendas elétricas deverão ser instalados caixas de passagem.


Automação - Controladores e temporizadores em rede e à pilha


O controlador de irrigação é o cérebro do sistema. Ele será capaz de monitorar sensores, válvulas e outros dispositivos a responder dentro de ações previamente programadas ou via controle remoto, celular, robôs etc... O controlador permite que todas as operações do sistema possam ser programadas e monitoradas de forma simples e eficiente.

O sistema de irrigação poderá operar com ou sem a intervenção humana. Poderá monitorar vários tipos de equipamentos. Sensores de fluxo, vento, umidade, temperatura, chuva são apenas alguns tipos de opções disponíveis;

O sistema poderá responder se alguma das condições estiver fora de limites pré-determinados; Um exemplo de operação via sensor é a habilidade do sistema de monitorar a ocorrência de vazamentos, pois ao detectar um excesso em vazão, o sistema pode isolar um ramal ou um setor;


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Sensor de chuva


Um sensor de chuva, conectado ao controlador de irrigação, impedirá que no período chuvoso o sistema funcione desnecessariamente; O sensor de chuva deverá ser instalado em local apropriado, exposto às ações climáticas do local, vento, sol e chuva; Nunca deverá ser instalado abaixo de redes elétricas de alta tesão e nem próximo a equipamentos que produzam campo magnético; Deverá ser interligado eletricamente a uma central de comando, através de um par de cabos com secção de 1,5 mm e tubos para proteção do cabeamento.


Sistema de bombeamento


O sistema de bombeamento é o coração da irrigação, é ele que alimenta o projeto com vazão e pressão necessária;

Os conjuntos moto-bomba são do tipo centrífugas, comumente conhecidas e geralmente instaladas em uma pequena casa de proteção contra intempéries ou bombas submersas. No caso de bombas centrífugas são mais baratas e de fácil manutenção, porém demandam não só um casa de proteção (geralmente em alvenaria) como também diversas peças galvanizadas na sucção e recalque da bomba. É muito comum com o tempo esse tipo de bomba provocar entrada de ar na tubulação devido à sua grande maioria trabalhar acima da lâmina de água; e, caso falte água ou ainda a lâmina de água encontrar-se muito abaixo ou muito distante do limite de fábrica, provocar entrada de ar no sistema ou ainda cavitação. Esses problemas são frequentes, demandam mão de obra de manutenção e provocam perda da capacidade da bomba, perda de pressão, consumo excessivo de energia e danos diversos às partes da bomba e ao sistema como um todo;Bombas submersas geralmente têm tempo de vida útil mais longo, são silenciosas, pois estão abaixo da linha de água (trabalham afogadas) e praticamente não provocam entrada de ar no sistema. Devido a esse fato (estarem abaixo da água) não é necessária construções periféricas tipo casa de alvenaria, ou similar, também não necessitam de peças especiais em seu recalque ou ainda raramente tem perda de carga alta. É uma excelente opção.


Sistema de filtragem


Em projetos compostos com diversos tipos de emissores de água de baixo volume, sempre utilizamos filtros de proteção. Esses garantem um fluxo de água mais limpo, em consequência a vida útil é prolongada e o período de manutenção escasso.São filtros em PVC com tela ou placas filtrantes de 120 mesh. Sua auto limpeza pode ser manual ou programada por meio de válvula solenóide instalada na saída inferior e com abertura programada pelo controlador de irrigação.


Cálculos de projeto


Internamente, em cada setor de irrigação, o cálculo hidráulico de tubulações das linhas secundárias seguem o método de “telescopia” pelo qual obtemos a melhor relação custo/benefício em relação aos diâmetros de tubos. Esse método de cálculo é específico para irrigação em paisagismo. A perda de carga é calculada utilizando-se a equação de HAZEN-WILLIANS, uma equação consagrada universalmente para esta finalidade. O método adotado para cálculo da perda de carga total dentro dos circuitos é o “trecho a trecho”, pela simplicidade e precisão de cálculo. A perda de carga localizada geralmente é calculada pelo método do percentual de 10% em relação a soma da perda de carga dos trechos da tubulação secundária e principal do setor mais demandante. As perdas de carga de filtragem, válvulas e outros componentes já tabelados são tabelados e extraídos diretamente das tabelas técnicas dos catálogos dos fabricantes.A maior vazão demandante do sistema é a soma dos emissores do maior setor em questão. Essa será a vazão a ser especificada e demandada pelo conjunto bomba e irá modificar ou especificar a busca do modelo em questão. A maior pressão necessária dentro de todo o sistema será a soma das perdas de carga do setor mais demandante, perda de carga das conexões, perda de carga da válvula, perda de carga do filtro, pressão necessária no último aspersor daquele setor em questão, perda de carga na sucção da bomba e diferença de altura geodésica entre o conjunto bomba e o último aspersor do setor.

Com isso declaramos um projeto em quase sua totalidade.



Nossa equipe técnica participou de treinamentos diversos, sobre o tema irrigação para jardins com os melhores especialistas, durante o ciclo de palestras e cursos da Academia Rain Bird em Fortaleza e Brasília. São eles:


- Introdução à hidráulica;

- Hidráulica básica;

- Projetos I, II e III:

- Sistema de bombeamento;

- Treinamento de montagem e manutenção em válvulas;

- Irrigação de baixo volume projetos instalação e manutenção;

- Treinamento de fábrica em controladores residenciais;

- Orçamentos de sistemas de irrigação;

- Instalação, manutenção e solução de problemas elétricos.


Fotos e projetos no Instagram: @alsjardins

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Fonte:

- Augusto Lacerda da Silva – Eng. Agrônomo responsável pela ALSJardins CREA 24052 D/DF

- Rain Bird Brasil – Empresa líder mundial em equipamentos de irrigação para jardins https://www.rainbird.com.br/


A ALSJardins é uma empresa de Soluções para Jardins. Somos uma empresa dinâmica e em transformação. Buscamos soluções objetivas, simples e de baixa manutenção.

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